Conheçam a In-Finita neste link
Entrei e nada de ti sabia
Apenas sei que ali estavas
O mesmo espaço partilhavas
A noite era de alegria...
Uma noite que prometia
O evidenciar de que sem pressas viria
Num devagar de grito que amavas
Um silêncio de barulho sorria...
E nós pelas palavras unidos
Em sentimentos cingidos
Tomamos por liberdade a poesia!
Em tua cabeça um chapéu
Rosto duro e confiante
Iluminado por um candeeiro cintilante
Que a noite interior escondia do céu...
Aproximaste-te da luz que iluminava
Vozes de poeta que declamava
Sons guardados no coração
Tamanha de alma a sensação...
Sentimentos que nos prendia
Acompanhados pela melodia...
Os soltamos em oração!
Nada de ti sabia ao entrar
Estavas ali e isso para mim bastava
A sala estava cheia de ti e brilhava
A noite estava a começar
E eu tinha tanto para confessar
Que nem sabia como iniciar
As minhas letras era do que precisava
Para construir um mundo para nos levar
Palavras que mostrariam a união
Dos nossos sentimentos, essência e coração
Reunidos finalmente num só lar!
O chapéu que trazias enfiado
Escondia a face e o olhar distante
Mas nunca a essência do que viria adiante
Pois naquela noite muito seria revelado...
Ao chegares com a tua própria luz
Tudo aquilo que eu supus
Foi que estavas ali para me abraçar
E para me dizer nos olhos sem hesitar
Tudo aquilo que estava guardado
Lá bem no fundo enfiado
Mas finalmente dito esta noite!
As palavras por nós se ouviram
A nossa luz imperava
A noite ansiosa esperava
E os sonhos se reuniram...
A poesia de luz nos seguiu
A essência de alma nos uniu
As letras nos sossegaram...
Num abraço por nós sentido
Num ambiente encarecido
Os poetas se saciaram...
Num aplauso de amizade merecido!
As palavras por nós proferidas
E a luz que a nossa essência emanava
Fazia da noite um novo dia que brilhava
E transformava sonhos em novas vidas...
É assim a nossa poesia apesar de não nos conhecermos
Uma essência comum que se prolonga sem sabermos
Como tudo isso acontece tão naturalmente.
Foi assim esta primeira vez de dois poetas do amor
Que, com as mesmas letras que tantas vezes descrevem a dor,
A saudade e da paixão, agora, muito resumidamente,
Descreveram e mostraram as suas capacidades e o seu valor!
EM -
DUETOS DORDIANOS - COLECTÂNEA - IN-FINITA