terça-feira, 21 de abril de 2020

Barquinho de papel - JOSÉ ALENTADO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Deu-me um abraço a saudade,
Na lembrança do menino brincando,
Quando chovia no verão e os regatos
Corriam pelas ruas e valetas, havia
Um cheirinho a pó molhado e o meu
Barquinho de papel navegando na
Corrente acabadinha de chegar,
Sem destino, correndo sem se afundar,
A meu lado rua abaixo, veloz,
Em competição com pequenas palhas
Secas que bailavam na regueira
Procurando um caminho desimpedido,
Navegável.

Que saudade eu tenho daquelas
Viagens de sonhos inacabados, sem
Destinos longínquos em mente,
Apenas e só um barquinho navegando
No rosto feliz de um menino
Brincando com água num dia de chuva,
Molhado de inocência

Hoje naveguei na minha nau catrineta,
Sem destino, inocente, voltei a
Sentir os pés molhados, por momentos,
Estive de mãos dadas com aquele regato de esperança,
Abracei-o e enroscado voltei a adormecer
No conforto sereno do seu abraço

EM - A MINHA LARANJA ROMÃ - JOSÉ ALENTADO - IN-FINITA

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