sexta-feira, 31 de julho de 2020

Amor sob as estrelas - ANA ACTO


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Deita-te comigo esta noite sob as estrelas...
Deita-te e faz amor comigo
sob este manto escuro e cintilante
e depois... Só depois
me falarás delas e desse universo distante
Deita-te comigo sob as estrelas
Percorre-me o corpo, descobre-me os pontos
e explora este mundo que desconheces
Faz de mim estrela guia e confia
que te leve ao destino
Tenho em mim um universo de abundância
astros flamejantes e o mistério da lua
Faz de mim mulher, amante
A teus olhos me deponho nua
Meu amor... Por uma noite
ama-me sob as estrelas
Para que sempre
ao longe
ao vê-las...
Te recordes de mim

EM - NUA - ANA ACTO - IN-FINITA

Vida - CARLA FÉLIX

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO PELA EDITORA

Gosto de te saborear devagar
Sem tempo
Com o prazer de estar apenas aqui
Sem roupa
Apenas sentindo
E nos minutos navegar em teus olhos
Encaixando o mundo que passa desajustado
Em molduras de palavras
No ritmo da pele
Simplesmente estando

EM - SENTIDOS DESPERTOS - COLECTÂNEA - EDIÇÕES VIEIRA DA SILVA

Lembrança poderosa - CRISTINA VIANNA

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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pra eu lembrar de mim

fuçar minha memória

e encontrar os dias

que no espelho sorri.
os dias que chorei.
aquele dia que gritei:
Reconheces a tua
força!

pra eu lembrar de
todas as mulheres que
por mim passaram e
colaram post it com
frases que ecoam no
meu peito.

pra eu não esquecer

que dentro de mim

há todas as mulheres

do mundo.

pra eu lembrar que as
mulheres que vieram
antes de mim

estão todas

aqui cantando a
canção que hoje vai
me ninar.

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

Tempos houve em que pintava - GRAÇA PIRES

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELA AUTORA

Tempos houve em que pintava,
com obsessão, paisagens amarelas.
Folheando a sua revista favorita
leu que uma estranha doença
atingira todos os girassóis.
Sentiu-se culpado.
Quando voltou a pintar
escolheu a cor negra.
Um esbatimento de luz
anunciou a interdição do brilho
em seu olhar, para sempre incerto.

EM - A SOLIDÃO É COMO O VENTO - GRAÇA PIRES - POÉTICA EDIÇÕES

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Apoio - CLÁUDIA CAROLA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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No teu olhar repouso a minha dor
Que carrego dentro do meu peito
O teu abraço dá-me carinho e calor
Sinto-me contigo menos desfeito
Há dias em que a vida é mesmo cruel
Desfaz-nos os sonhos, a essência
A noite traz-nos do dia o amargo fel
E a alma entra em total demência
Sei que entendes meus tristes lamentos
Haja sorrisos ou lágrimas estás comigo
Mesmo quando não partilho os tormentos
Respeitas meu silêncio tão intenso e ferido
Preciso estar no chão, na arena da vida
Recuperar forças para depois me erguer
Mesmo quando sinto que não há saída
Sei que vais estar lá e ajudar-me a vencer

EM - MARESIA DE POESIA - CLÁUDIA CAROLA - IN-FINITA

Comida do céu - CRISTINA AMORIM

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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ACORDA de manhãzinha,
Tem duas léguas para caminhar.
Vai ver sua mãe na cozinha
E pegar um pedaço de pão
“Pra mode a fome passar”
DESCOBRE que, como ontem,
Vai sair sem força alguma.
Com o corpo cheio de fome,
Se entristece com esta sina
Que a seca lhe impunha.
HOJE não tem feijão
E farinha já acabou.
“Que vai comer ‘meus irmão’,
Tudo tão pequenino,
‘As benção’ que Deus mandou?”
VAI embora cheio de dó,
Para comida não gastar.
Não quer que “irmão menor”,
Sentindo a louca fome,
Grite e berre sem cessar.
SE TIVESSE algum dinheiro...
Mas era só desespero!
Tira então sua própria vida
Para ver se, lá no céu,
Tem algo para comer.

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Afloramento do sentir, mãos que suportam - JOÃO DORDIO e SÍRIO DE ANDRADE


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Cravam-se no peito sombras apunhaladas, sangue que jorra
Dor arrastada pelo corvo da alma, um voo rasante em estrada
aberta
Revolvo em voltas infinitas, roucos lençóis clamando o espírito
Sono moribundo do abandono solidão profusa,
Corpo inerte no brado do teu nome, arde em desejo,
crente e suicida,
Sofre, cão abandonado sem dono, por não querer suportar
o conforto,
Privação de uma trela, uma jaula de porta aberta à vida...
Há uma solidão em cada garrafa vazia, entre um sono e o sonho
de não acordar...

Peito sombra de um eco profundo de um não bater
Porque o que trago no peito partiu e deixou apenas o espaço
ao sofrimento
E à dor constante que leva esta mente alucinada verter lágrimas
em forma de insónia
Pelos lençóis de camas impuras ou cadernos com histórias loucas...
Eu já tive o teu nome à porta de entrada daquele corpo para a alma!
Eu já te tive no final de cada grito de prazer onde o orgasmo era
alvorada!
Eu já te tive em cada horizonte por estrada ou céu, mas hoje
fecho-me...
E em cada garrafa procuro mais argumentos e explicações para
ainda acordar...

Rasgo os dias e as noites nas ruas bafejadas pela memória
Em todo lado a sangue grito pelo teu nome, loucura dos passos
sem destino
Na porta fechada ao mundo crente, não há fé que habite esta alma
Apenas licor, apenas leigo, apenas ateu dessa vil estrada
A felicidade é a letargia do tempo a que chamam céu
Procuram os olhos o sal... esse que me alimenta num último trago...

A memória passou a ser um saco velho e sem fundo
de pensamentos antigos
Com tinta de caneta transformada em mar de lágrimas
de um tinteiro inesgotável
Entornado todos os dias e todas as noites em que estás sem corpo
E me habitas a alma num voar descontrolado a caminho de lugar
nenhum...
Eu sei que um dia te tive e fui o teu amor e que isso não foi
um sonho!
Hoje no pesadelo da tua ausência, coleciono garrafas e acordares
de solidão...

EM - DUETOS DORDIANOS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

Flor de mim - FATINHA DO BARREIRO

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Depois de muita amargura
Com que a vida me presenteou,
Nasceste tu, minha ternura,
Vestida de formosura,
Foi Deus que te enviou.

Minha eterna amada,
Anjo doce, luz da aurora.
Flor suave e delicada
Em meu regaço plantada,
A mais bela de toda a flora.

Encanto do amanhecer,
Brilho do orvalho sobre a planta.
És flor do meu florescer,
És botão de rosa a crescer,
És a musa que me encanta!

EM - MISTÉRIOS DA MENTE - FATINHA DO BARREIRO - IN-FINITA

Anatomia do fogo - CRISTIANE CUNHA BEZERRA

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Venham todos os dragões sobre mim
Cuspam seu fogo maligno
De transparências das sombras
De uma só vez,
Venham todos,
Derramem em mim o fogo da cama
O corpo arde
E mais ainda minha alma
Fogo, fogo,
Quero cinzas
Matem-me de uma só vez
Para que eu enxergue
O caminho que preciso adentrar
Vocês se diferem em rostos
No entanto,igualam-se em palavras
Fogem de adentrar as batidas do meu coração
E ainda assim eu derramo cada artéria
Entre elas pulsa meu sangue
Dizendo de histórias e delicadezas
Venham legiões
De uma só vez
Rasguem minha pele
Risquem de mim sutilezas misturadas de afeto
Venham!
Em mim arde intenso
As certezas do fim

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

terça-feira, 28 de julho de 2020

Escrevo para te ter - JOÃO DORDIO e LITAS RICARDO


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Arranjei uma nova forma de te ver todos os dias
Tu, no teu mundo, continuavas longe de mim e nem sabias
Que eu juntava letras para te continuar a ver e a sentir
Como se estivesses aqui ao meu lado de mão dada e a sorrir.
Desta forma continuada de te ter mesmo sem corpo
Nasceu o meu género de escrita alucinada que deu vida a um morto.

Envolto numa prolongada solidão estava enterrado
Sem perceber que afinal, ter-te não era desta forma mais passado,
Sendo agora uma constante que desperta o meu mais profundo ser,
E uma força desconhecida acordou em mim, sem tal o entender.
Arranjei uma nova forma de também te ter quando o desejar,
Porque tudo faz mais sentido quando contigo me deito para te amar.

Escrevo para te ter e amar todos os dias da minha vida
Sem que tu, no teu mundo distante, percebas a minha alma perdida
E tudo aquilo que faço apenas para te viver e manter comigo.
O que faço não tem quaisquer limites porque este amor é muito
antigo...
E com esta forma continuada e absurda de te fazer renascer
Nasceu esta escrita louca e obsessiva simplesmente porque não
te quero perder...

E é nesta loucura insana que o meu coração vive louco de paixão
E sem limites o viverei até ao dia em que habitarei um caixão,
Porque é esta força louca que me faz todos os dias levantar
Mover montanhas, alterar marés, desbravar mato, por tanto te amar,
É neste meu mundo que vivo todos os dias a te recordar,
Mesmo que continues no teu mundo, onde o teu egoísmo te irá
matar!

EM - DUETOS DORDIANOS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

Ergo - O CAMÕES PRETO


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Sumo em pontadas,
Como um sumo de limonadas,
Garganta abaixo abatido.
Cogitarei no incógnito,
Nada lógico,
Algo simbólico,
Melódico,
Num ritmo,
Dois, quem sabe lírico,
Num sum,
Nada cogito.

EM - RASGOS - O CAMÕES PRETO - IN-FINITA

Simples vestido - CONCEIÇÃO FERREIRA

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Vesti-me de sol, vesti-me de luz,
Iluminei o trilho que a ti me conduz
Vesti-me de areia, vesti-me de mar,
Espraiei no desejo de te abraçar
Vesti-me de campo, vesti-me de flor,
Enfeitei mudo olhar de paz e de cor
Vesti-me de mulher, vesti-me de mim,
Pintei alva tela em tons de marfim.

De tanto me vesti só para te alcançar
E tantos os sonhos que guardei contigo
Que outros vestidos eu já não consigo,
Sobrou o mais simples, que trago comigo,
Em azul magnético como o vasto céu
Bordado a branco com um sonho meu.
Se essa simplicidade a ti te tocar
Poderemos, juntos, amar e sonhar!

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Memórias no sótão - ANA MARTA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Subi devagar ao sótão da minha vida.
Deixei-me perder naquelas lembranças
Que julgava esquecidas.
Senti, de novo, os cheiros de outra época
Onde os dias eram vividos, ingenuamente,
num “feliz para sempre!”
O sempre foi mudando e agora é apenas uma réstia
de imagens desfocadas, nubladas e já meio inventadas.
Passam sensações por mim enquanto, de olhos fechados,
tento respirar um passado feliz.
Inevitavelmente, deixo que os músculos de minha face
a transformem num sorriso terno e saudoso.
As imagens fluem, misturadas e, felizmente,
parece que só restam as boas. Mas não.
Analepses que escondem dores que ficaram incuráveis
algures no sótão e que, descaradamente, se revelam
constantes e obstinadas no meu sentir.
O sorriso, subitamente, transfigura-se num esgar
de sofrimento e as lágrimas soltam-se. Não há bela
sem senão.
E eu prefiro descer e deixar o sótão para trás, assombrado.
A cada degrau, tento soltar a dor que se colou,
qual velcro resistente que teima em não descolar.
Cogito que será melhor não voltar a subir, ainda que saiba
que é a senda natural do meu ser e da minha existência.

EM - INEXPLICAVELMENTE - ANA MARTA - IN-FINITA

Persegue-me a tua voz - ROSA MARIA


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Persegue-me a tua voz,
desfilo os dedos nos teus cabelos prateados,
revejo-me no brilho dos teus olhos,
alcanço o infinito,
baralho os instintos,
desperto os sentidos.
imagino-te,
alcanço-te!
Descortino em ti,
a vontade de mim,
encontro-me!
Sei que vais lá estar,
sei que o caminho se fará de mãos dadas,
do meu lado e ao meu lado!
Sei que o hoje, começou ontem,
e o amanhã será eterno.
Imagino o teu mundo, colo-me a ele,
pulo a tua margem,
persigo as tuas vontades,
acrescento ideais, verdades.
Disperso-me em alquimia,
vagueio entardecer,
solto empatia,
enlaço o teu abraço,
Adormeço!
...
Persegues-me!

EM - AMAR EM FRAGMENTOS DO SENTIR - ROSA MARIA - IN-FINITA

Casulos de silêncio - CLEONICE BOURSCHEID

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Recolho a poesia
na geografia
dos corpos ,
dos montes
e dos rios.

Recolho a poesia
nos sons primevos
da infância,
nas arestas do
silêncio das canções.

Recolho a poesia
nos cães noturnos
que ladram no avesso
do bulício das manhãs.

Recolho a poesia
no canto das cigarras,
no exército das formigas,
na algazarra das aves.

Recolho a poesia
nas antigas cantigas
nas vozes esquecidas
num tempo que se perdeu.

Ao entardecer,
quando emudece
o grito solitário,
eu me recolho pássaro,
renasço sombra e asa.

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

domingo, 26 de julho de 2020

Sedução - ANA ACTO


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Embebedo-me nas palavras que te leio
E me deixam semilouca
Tanto como quando tua boca
se me apodera dos seios...

Embriagada em tuas letras e escrita
Já se me turvam os sentidos
Nesta prosa proibida
Que troco por gemidos

Ébria neste prazer que me consome
E me rouba a lucidez
Te peço que me seduzas
Escreve-me, outra vez...

EM - NUA - ANA ACTO - IN-FINITA

As quatro estações da Mulher - CLÁUDIA MONTEIRO

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Começo da estrada...
Alvorada,
Orvalhada,
Sorriso angelical em face arredondada, imaculada
Vestes pele aveludada, doce e perfumada,
Eco do chilreio da pardalada
Cobre teu virginal tronco fino
verde e entrançada hera,
Árvore menina, és Mulher-Primavera!

De estonteante sedução no olhar,
Toda tu és perdição,
Fruto apetitoso, alvo de competição
És a Mulher-Verão!
Em vaidoso corrupio, cedes à tentação
Do mais ousado assobio canção
Para as raízes fixar e o ninho construir
Como um dever a cumprir.

Sorrateiros, tons maduros pintam a frondosa cabeleira,
folhagem enternecida da mesma cor da vida.
Diminui a atração, agiganta-se o coração
com as alegrias dadas pela nova geração
São árvores pequeninas, todas ainda meninas
requerendo proteção
Começas a ser cansaço, possuída pelo sono,
És a Mulher-outono!

E eis que se instala, branco e gelado, o inferno,
És a Mulher-Inverno!

Agora árvore molengona, que, com o peso da idade,
Vais perdendo a vontade, sobrevivendo à saudade
Precisas de mil cuidados, de atenção redobrada
Sentes-te abandonada, entregue à triste sorte.
E é de tronco curvado,
ramos partidos e rasgados os vestidos,
que aguardas a morte.
... e é ver as palavras que se desprendem, uma a uma,
dos teus ramos nus,
e esvoaçam rumo à eternidade.

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

sábado, 25 de julho de 2020

Único - CLÁUDIA CAROLA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Sobre o que és nunca te escondas
Sobre ti assume a responsabilidade
Porque na vida há calma e ondas
Mas importante é a tua felicidade
Nunca serás perfeita, isso é certo
Vais rir, vais chorar e tudo está bem
Na vida cada momento é incerto
E nunca se sabe o que a seguir vem
Por isso assume sempre quem és
Qualidades e também teus defeitos
Que ninguém te ponha em cima os pés
Porque eles também não serão perfeitos
Nos maus momentos chora, liberta
Nos bons momentos sorri, agradece
A tua postura de respeito é sempre certa
A vida de alegria e tristeza se padece

EM - MARESIA DE POESIA - CLÁUDIA CAROLA - IN-FINITA

Uma suavidade infinda - SARA TIMÓTEO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR ADRIANA MAYRINCK

Uma suavidade infinda no olhar e no gesto
Sem medo e com uma nota de alegria na voz
Díspar, ténue lembrança de um tempo
EM que se tornava desnecessário comunicar por palavras.

O teu coração a bater encheu de luz o dia em que te ouvi
Pela primeira vez
E desde aí prometi que terias sempre a minha companhia.

EM - LIVRO ABERTO 2020 - COLECTÂNEA - EDIÇÃO DE AUTOR

corpo fechado - CLÁUDIA GONÇALVES

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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desavisado e sem pressa
senta nos trilhos
à espera do comboio

flertando com a morte
conversa com a vida
como se nada temesse

beija a boca do futuro
como quem brinca de amar
e prepara uma canção
como quem pode mais

afora o concreto
outros passos desnorteados
trafegam vias
ainda não habitadas

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

sexta-feira, 24 de julho de 2020

4 quadras - PINHO NENO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO PELA EDITORA
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IV - Os Templários

1
- Estou pronto a ouvir-te, Portugal,
Neste espaço bucólico e sereno,
Distante do fragor da capital.
Ora quero escutar, em tom ameno,

2
As histórias que tens para narrar
Do teu Chão, do teu Povo, do Humanismo
Que te levou o Mundo a desbravar
Em saga heróica expressa em altruísmo.

3
- Vou procurar, ainda que impressivo,
Atender o convite que me fazes,
Abordando de jeito reflexivo
E cauto cada qual das várias fases

4
Por que minha existência tem passado.
Mas convém informar-te com verdade
Que um ou outro episódio recordado
Nos pode retirar serenidade.

EM - PORTUGAL EM REFLEXÃO - PINHO NENO - EDIÇÕES VIEIRA DA SILVA

Desapego - FATINHA DO BARREIRO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Desapeguei-me dos erros
E dos fantasmas do passado.
Desapeguei-me dos medos,
Das sombras e pesadelos,
Livrei-me do triste fado.

Desapeguei-me das dores,
Ferimentos e horrores,
Joguei fora o superficial.
Livrei-me de feias garras,
Libertei-me das amarras,
Cortei tudo o que me fazia mal.

Sou feliz porque mudei,
Só Deus sabe o que passei,
Só Deus sabe o que já vivi...
Também me desapeguei de pessoas,
De experiências menos boas
E hoje sou feliz por estar aqui!

Desapeguei-me de objectos,
Até abandonei alguns afectos
Que não me quiseram valorizar.
Libertei cá dentro espaço
E hoje ofereço o meu abraço
A quem veio para no meu coração ficar!

EM - MISTÉRIOS DA MENTE - FATINHA DO BARREIRO - IN-FINITA

Ser mulher - CLAUDIA FILIPPO

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Ser mulher, é bicho que sangra, que dá vida, que ensina a Amar.
Somos todos filhos de uma mulher, seja a mãe Terra,
seja de carne e osso.
Partimos do ventre, partimos do coração...
A Mãe Terra nos pariu, assim como tudo que há sobre Ela!
Temos a Lua, nosso Sagrado feminino, com suas marés,
suas fases, parindo meninos...
Meninos esses, que crescem e maltratam mulheres,
suas parideiras,
violentando, subjugando, ditando regras e normas contra
a Terra, contra a fêmea que lhe pariu, seu filhos, Amor.
Ser mulher, ser Divino, ser de luz, dá luz, que alimenta o corpo
e a Alma com seu coração.
Mulheres, homens vamos juntos recriar a nossa missão.
Estamos errando, e é preciso trilhar novos caminhos!
Vamos com Amor, que dessa vez a gente acerta!
Yoongi!

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Navegamos...* - JOAO DORDIO e KATARINA LAVMEL


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Navegamos com o triunfo de uma vela cheia
Respira fundo
Um fogo que queima como um fogo
Saturação nos nossos corações.
Digam-me uma tempestade de elogios
Líricos e prosaicos
A luxúria força o verso a abrir a boca!
Desejo força quando o poema se estiver a fechar:
pensamentos em grão,
limpando as conchas com a amizade.
Você a encontrará na praia, enterrada na sua luxúria.

Navegamos com os riscos deixados pelo casco
Em mar e respiração ofegantes
Um gelo que queima como um gelo
Abraçando e juntando ecos e sombras de nós
Chamem-me pelo nome de paixão
Louca, muito louca
E oiçam o que a alma propaga.
Desejo intensidade quando o poema estiver a ser escrito:
Os pensamentos terão que ser verdadeiros.
Poderão encontrá-los nas nuvens ao lado dos deuses...

Confio na intuição, nossa casa cheira a ervas, natureza e verdade
Estamos em Asgard, onde adoramos gelo e fogo como deuses
Eu absorvo você e a cintilação do momento, manhãs e noites
famintas
O toque áspero da pele levanta faíscas que vagam pelo meu planeta
até você
Somente o oceano pode esfriá-los

Confio na nossa paixão e no navegar dos nossos sentidos
Pelas tempestades e caminhos mais complicados
Estamos no solar dos deuses e as marés famintas de nós
Deram à praia paradisíaca ondas roubadas aos oceanos distantes.
Navegamos e somos poesia no nosso beijo...

EM - DUETOS DORDIANOS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

Lua - O CAMÕES PRETO


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Madura,
Segues alta.
Transborda,
Tua energia,
Para além desta Terra.
Move-me,
Como as marés.

EM - RASGOS - O CAMÕES PRETO - IN-FINITA

Segue - CLÁUDIA CAROLA

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Silencia as tuas dores, são tuas
Ninguém as tem que conhecer
Por entre as vielas e as ruas
Sozinha a tristeza tens que vencer
A cada lágrima mais uma revolta
A cada noite mais uma solidão
Só tu te podes trazer de volta
E fazer bater forte teu coração
Ainda que triste não te deixes ir
Não te deixes afundar no chorar
Luta pela capacidade de sorrir
Luta por tudo o que te faz vibrar
Segue sozinha se ninguém te entende
Porque ninguém tem que o fazer
Às vezes ninguém nos compreende
Mas a tua alma faz-te sempre vencer

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Tempo - ANA MARTA

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E as flores já não sabem quando florir,
Nem os pássaros quando emigrar.
Nós já não sabemos o que vestir,
Nem quando está calor ou a nevar.

O Tempo baralhou o Tempo
O Sol já nem quer saber
Se faz névoa ou se faz vento
Se faz calor ou se está a chover.

EM - INEXPLICAVELMENTE - ANA MARTA - IN-FINITA

Perfumas a minha vida - ROSA MARIA


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Perfumas a minha vida,
suave odor das brisas marítimas de Verão,
libertas frases que falam de amor,
nas palavras, a inocência de quem vive a puberdade,
ignora o frio,
vive de calor!
A vida corre devagar,
quando iluminamos o sorriso,
e nos amamos com o olhar!
Entendo o mar dos teus olhos,
abraço o sorriso carinhoso,
penteio os meus dedos no prateado dos teus cabelos,
passeio-me no emaranhado do teu corpo,
ondulo ventura,
saboreio aventura,
alicio a loucura,
sigo a trote, no teu cavalo alado!
Inalo o perfume de flores silvestres,
desvendo paixão em cumes agrestes!
Sossego a noite,
fujo de um mundo ao contrário,
acolho a lua, minha confidente...
Num ápice de feitiço,
estendo a vida calma, numa planície,
e adormeço nos braços da vontade!

EM - AMAR EM FRAGMENTOS DO SENTIR - ROSA MARIA - IN-FINITA

Vestido de festa - CLARISSE PACHECO

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Hoje nós viemos
com os mesmos vestidos para a festa;
vestidos comprados na mesma liquidação,
mas cada qual se iludindo
que em si sabiam-se mais especiais
do que nas outras mulheres.
Até que te vi
e você estava mais magra
(sem contar que és um ano mais nova que eu)
e tive vontade de entornar meu vinho em você,
ou fazer como a irmã da Cinderela.

Só porque me fizeram acreditar
que você não presta
por ter os mesmos gostos que eu
e ser a minha melhor amiga.

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

terça-feira, 21 de julho de 2020

Vamos nós - MANOEL BARBOSA


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Vamos nós. Sempre!
Nutridos pela fé e a força
regente sobre toda a existência.
Vamos nós. Sempre!
Com prestígio ainda que seja de poucos
e a insensibilidade de tantos outros
mas vamos nós. Sempre!
Porque temos a vida em compromisso
com o poder da arte, a palavra
no teatro, cores, dança, poesia.
A poesia nossa de cada dia
como prece para todos os dias.
Vamos nós. Sempre!
Viagem que nos permite libertação
expressão de ideias, sentimentos
força expressiva em movimentos
sonoramente, silenciosamente, na mente.
Vamos nós. Sempre!
Unindo forças no propósito.
Vamos nós. Sempre!

EM - SANGUE E BLUES - MANOEL BARBOSA - EDIÇÃO DE AUTOR

Amigos são estrelas - ANA ACTO


LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Por momentos, brilhei só
Senti-me estrela vista à distância
apenas uma entre tantas
Aos poucos percebi
o brilho que emanava de mim
E me vi rodeada de outros brilhos
tão únicos e singulares
Que, junto com o meu, faziam todo um céu brilhar
Acolheram-me, sentindo meu fogo quase me extinguir
e em partilha reforçaram o seu para me reavivar
Sentia-me Lua sem brilho próprio
refletindo apenas o brilho do Sol
Agora... Agora brilho bem no alto
alimentada pelos sorrisos despertados
pelos abraços que me confortaram
pelo amor que me entregaram
Amigos são estrelas num céu escuro
Sozinhos nos extinguimos
Juntos damos brilho ao mundo...

EM - NUA - ANA ACTO - IN-FINITA

Palavras voam com o vento!... - CLARA PATACHÃO

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
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O vento leva amor como uma flor
Nem sempre me dá um jardim
Mas enviou uma rosa com sabor
Mergulhando em mim
Em cada pétala uma palavra soa
Envolve a fonte do amor
Choveu uma rosa e uma coroa
Onde nasce uma raiz e uma flor
Outras rosas virão
Embelezam a alma com beleza
Inundando o coração
Rosa vermelha é realeza
És segredo és caravela
A cada passo ofereço um abraço
No silêncio o grito revela
A rosa vermelha é um laço

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

Poesia tem a agilidade do vento - ARNALDO TEIXEIRA SANTOS

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO PELA EDITORA

Poesia tem a agilidade
do vento e força da tempestade
e ter mensagem, qual majestade
muito alertar, com frontalidade.

Autor tem mais responsabilidade
perante toda a comunidade
fazer poemas com qualidade
pra que valha pena tenacidade.

O vento leva nossa poesia
nós fazemos a nossa boa parte
com carinho e muita dedicação.

Que todos assimilem, bom seria
leitores façam a sua, com arte
todos ganham e a própria Nação.

EM - SENTIDOS DESPERTOS - COLECTÂNEA - EDIÇÕES VIEIRA DA SILVA

segunda-feira, 20 de julho de 2020

ET - CLÁUDIA CAROLA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Vagueio sem destino pela cidade
Entre o sonho e o sono estou perdida
Domina-me o ser uma enorme ansiedade
Vagueio na noite sozinha sinto-me vencida
Não quero multidões de falsidade
Quero ser real, seja na dor ou na alegria
Não encaixo nesta nossa sociedade
Sou ET, entregue à minha letargia
Sou muito diferente e sou feliz assim
Gosto do cara a cara, da boa conversa
Um passeio pela praia, pelo jardim
Falar sobre tudo e nada, ser diversa

EM - MARESIA DE POESIA - CLÁUDIA CAROLA - IN-FINITA

Outono Exato - CELIA OLIVEIRA

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Na luz coada do entardecer
Lembro com carinho de você
Faço versos de um viver
Sem mistérios vou versificando
Além do rio de águas brilhantes
Além dos montes
Cobertos da neve
Do meu outono exato.
Sem querer
Esbarro em nosso palco
Recordo aquele amor vivenciado
Em sua totalidade
No azul absoluto
Do nosso céu
Ao sabor do teu mel
Ah! Como eu queria retroceder
Ser pertença tua até morrer.

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

domingo, 19 de julho de 2020

Recordo - JOÃO DORDIO e TITA LEAL


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Nos dias em que tudo à nossa volta brilhava
E a tua mão a minha pegava
De dedos entrelaçados
Caminhávamos ao longo da praia
Par a par na areia fina branca cambraia
E tudo, tudo era somente nosso

As ondas meio agitadas
A areia vinham beijar
Cortavam o silêncio das nossas bocas saciadas
Vestígios deixados pelos nossos corpos rolados e pegadas
Naqueles momentos em que apenas o teu respirar me pertencia
Seiva dos teus lábios bebia
No brilho das meninas dos teus olhos eu já não cabia
E em ti, em ti me perdia

Nas noites em que tudo à nossa volta também brilhava
Eram os teus lábios que eu beijava
Com as línguas entrelaçadas
Os nossos corpos caminhavam em lençóis de cetim
Tu gemias para eu não parar e eu respondia que sim
Por essas noites dentro até ao clímax dos deuses

De ondas ligeiras passou a tempestade tropical
De beijos suaves passámos ao ciclone ou furacão
O silêncio entrava em extinção e passou a ser normal
Os corpos juntarem-se, a cama tremer até a ao final.
Naqueles momentos éramos apenas um a respirar
Naqueles momentos éramos apenas um a beijar
Naqueles momentos... o coração parecia saltar
Porque naqueles momentos... eu senti o que era amar

EM - DUETOS DORDIANOS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

O ponto de interrogação - CELESTE PEREIRA

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Desfolhei o livro da vida,
Tanto que nele escrevi
O tempo amareleceu as palavras,
Poucas se deixam ler.
Palavras de amor verde.
Como verdes eram nossos anos
Marcas de beijos,
Sinal de lágrimas
Que chorei cedo, sobre tuas folhas
Tanta loucura
Tantos momentos de ilusão
no romance ali traçado.
Na última página
Muito nítido, ainda
Um ponto de interrogação.
Fechei o livro!

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA

As cicatrizes são marcas - FATINHA DO BARREIRO

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Das batalhas que travámos,
De quando nos magoámos
Ou que alguém nos magoou.
São desenhos, são mensagens,
Para mim são tatuagens
Que o passado me gravou.

Hoje tenho orgulho delas,
Pois representam mazelas
Que acabaram por cicatrizar.
Eu delas não me envergonho,
Pois viver não é um sonho,
Na verdade, viver é lutar.

Aquilo em que me transformei
Foi porque enfim reciclei,
Os percalços não foram em vão.
Os momentos menos felizes
Deixaram suas cicatrizes
Na alma e no coração.

EM - MISTÉRIOS DA MENTE - FATINHA DO BARREIRO - IN-FINITA

sábado, 18 de julho de 2020

És grande - JOAO DORDIO e LEONOR NEPOMUCENO


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Nas tuas palavras,
nasce a magia que me contagia.
És grande! Não falo de altura...
És grande na alma,
com um cheirinho de loucura
Ai de quem te lê e te avalia...
Disparas à revelia,
sensações em catadupa
Entre o querer e o ter de ser,
dois conflitos em discórdia
Não tenho culpa...
Amo os valores que tu defendes
Entendes?
És tu que me deixas Dordia!

Dos teus olhos
nasce uma visão muito original.
És enorme! Não falo de gordura...
És enorme na essência,
Com uma pitada de alucinação que perdura
E ai de quem disser mal
Reages quase de forma animal
Porque o coração está sempre na tua boca!
Entre a realidade e a imaginação
dois mundos que se digladiam
sem que o consigas evitar
É impossível não sentir atracção
Por alguém assim!
Serás sempre tu a Endordiar-me!

Nas nossas mãos
nascem mares de palavras e rios de olhares
que afluem ao coração
Fogos cruzados!
Poemas inacabados que se aliciam
Em surreal sintonia
Impossível é não sentir alegria
Sonhar e despertar os versos adormecidos
que se exaltam como um vendaval
E sentir que no afinal
Somos dois Endordecidos!

Nas nossas almas
Nasce uma mesma eternidade de sentidos
Por termos acordado mundos esquecidos
Que invadem outras almas
Que se cruzam com todas estas palavras!
Que se regozijam e hoje batem palmas
Recados de energia do nosso coração
Para todas as outras almas sem calor
Agora finalmente descobertas sem medo ou pavor!
Se sou grande por ser o poeta João da Paixão!
Tu és enorme por ser a poetisa Leonor do Amor!

EM - DUETOS DORDIANOS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

O amor acontece… - CECÍLIA PESTANA

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O amor aquece-nos a alma,
Ri das nossas alegrias
Chora quando tem de chorar
Não tem pressa de se apressar.
Vem quando tem de chegar
Não tem dose certa nem lugar
Permanente eterno aconchegar
Será sempre o mais nobre sentimento.
O amor orienta a vida
E quando amor verdadeiro
Uma boa história irá contar
Faz sempre uma alma chorar.
O amor acontece a qualquer instante
Num riso, num gesto, num olhar
O amor constrói-se devagar
A química está lá para ajudar.
O querer acontece sem querer
Almas gémeas encontram seu par
Não se deixam desvincular
Quando verdadeiro, está lá por inteiro.
Ah... doce loucura, entrega, prazer
De coração aberto pra dar e receber
Confiança, lealdade, amizade,
Ai... o amor, não tem idade.

EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA