LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Descobri a Lua,
descobri o mar,
descobri que as aves voam,
que a cerejeira dá flor,
que o azar não tem cor
e que as palavras magoam!
Descobri o Sol,
provei o sal,
arrepiei a pele,
expulsei a voz,
rodopiei em carrocel,
fiz-me casca de noz,
nau e caravela,
e, por fim,
desaguei em mim!
Descobri, então,
que nada tinha descoberto,
que tudo estava em aberto,
que nada do que eu sabia
estava certo,
que nada via,
nem longe, nem perto!
Descobri o mal,
descobri o bem!
Posso agora gritar:
– Para quê, um pai?
– Para quê, uma mãe?
– Acabo de me inventar:
sou nada, sou ninguém!
EM - DIAS DE ÁGUA E SAL - VÍTOR COSTEIRA - IN-FINITA
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