domingo, 27 de outubro de 2024

Meu amado não te iludas (excerto) - Teresa Condeço Ferreira

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Ah! meu amado não te iludas…
Agora que te escrevo este requiem em vida, guarda-o
junto com as outras cartas de amor e saudade que te
escrevi em morte.

Imagina-me assim sentada e abandonada dos cuidados
de um novo dia a compor estas palavras… estas não
que as risquei…

Sem a esperança do recomeço, envio-te a minha mortalha…
lá escrevi as últimas palavras, os últimos padecimentos…
será esta a minha derradeira volição… sei que de nada
vale, mas pouco mais tenho para te fazer chegar as minhas
últimas saudades… algo que de mim prezes…

Ah! meu amado derrama algumas lágrimas por mim!
Olha que as lamúrias dos anjos já descem sobre
a inevitabilidade da minha morte… terás tu piedade?
Serás tu o último a pensar-me?

EM - COUSA AMADA - COLETÂNEA - IN-FINITA

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