Navio que partes para longe,
Por que é que, ao contrário dos outros,
Não fico, depois de desapareceres, com saudades de ti?
Porque quando te não vejo, deixaste de existir.
E se se tem saudades do que não existe,
Sente-se em relação a cousa nenhuma;
Não é do navio, é de nós, que sentimos saudades.
EM - POESIA - ALBERTO CAEIRO - ASSÍRIO & ALVIM
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