LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR IN-FINITA
Tu não és bendita entre tantos machos
Pulhas cobertos do sangue vertido
Das entranhas pretas e faveladas
Crias das marés sedentas de justiça.
Da tua vagina escarnecem os ratos,
Becos por onde outrora enfiados vivos
Nos corpos apensos aos paus de arara
Ressurretos destas mãos que te guiam.
Punhetas lambazes espiam tuas ancas
Virgens enquanto trilhas cabisbaixa,
Expiando a culpa de uma fraquejada.
O vinho no cálice brinda a vianda
sobre a qual se diz instilar afagos,
Máscara constrita do poder pátrio.
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÃNEA - IN-FINITA
Sem comentários:
Enviar um comentário