Sou leve e vil de mais, quando procuro
Pôr por ela, tão alta, o ardor e o zelo,
Cruzar as mãos no seu cabelo escuro
Ruminar-lhe as madeixas do cabelo.
Sou leve e vil de mais quando procuro
Cair tonto, a bailar, nos braços dela,
Lançar um coração terreno e impuro
No imaculado rastro duma estrela.
Sou leve e vil de mais! Mas pouco importa;
No seu palácio d'oiro abriu-me a porta,
E foi ela que me ungiu nalgum momento,
Por esta propriedade que aos feios pertence
De vencerem às vezes a mulher que os vence
Entre as mais lindas deusas do seu tempo.
EM - POESIA E ALGUMA PROSA - MÁRIO SAA - INCM
Um Poema que tem um fecho muito positivo e gracioso, contraste com o início , pois o que quer zelar por outrem não é leve nem vil , é alto, valioso em sentimentos.
ResponderEliminarConsidero vil aquele que despreza .
Grata pelo belo poema.