quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Poema imperfeito - PAULO AFONSO RAMOS
Num fogo rendilhado
entre as brumas e ventos
deixei perdidos os meus momentos
ficaram caídos, esquecidos nos meus dias.
Perdi-me nas aguarelas
entre pincéis e telas
dos poeirentos quadros
entre apertos e alegrias
em que me deixei seduzir
entre estéreis estrias.
Ainda assim, refeito, volto
renovado e sem amarras
para recomeçar o meu caminho.
Nem que lute sozinho com as minhas garras
sem que tu, imperfeição, que me agarras
possas travar-me, sem que o possas impedir.
Trago-vos um recado
que é este poema sem pecado, inacabado
é dentro dele que vou sempre existir.
EM - PASSOS ESPALHADOS PELO CHÃO - PAULO AFONSO RAMOS - LUA DE MARFIM
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É lindíssimo! Mostra um quadro impressionista de grande profundidade e valiosa mestria.
ResponderEliminarTudo é imperfeito, e constato que o ser humano é o que está sempre a reconhecer-se como imperfeito. MAL DO QUE SE ACHA PRODUTO ACABADO!
Solicitava que me dessem uma pausa até ao NATAL, COMO JÁ O FIZ, PARA NÃO SER INDELICADA. não consigo atender, como queria, até ao momento:::
Sempre é hora de recomeçar, de caminhar em novos passos,de trilhar novos caminhos.
ResponderEliminarLindo poema! Abraços
Não conhecia este belo poema do Paulo, gostei de ler.
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