quarta-feira, 18 de julho de 2012
Guevara - MIGUEL TORGA
Não choro, que não quero
Manchar de prantos
Um sudário de força combativa.
Reteso a dor, e canto
A tua morte viva.
A tua morte morta
Pelo próprio terror em que ficaram
À tua frente
Aqueles que te mataram
Sem poderem matar o combatente.
O combatente eterno que ficaste,
Ressuscitado
Na voluntária crucificação.
Herói a conquistar o inconquistado,
Já sem armas na mão.
Quem te abateu, perdeu a guerra santa
Da liberdade.
Fez brilhar na manhã do mundo inteiro
Um sol de redentora claridade:
O teu rosto de Cristo guerrelheiro.
EM - POESIA COMPLETA VOL. II - MIGUEL TORGA - DOM QUIXOTE
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Este poema de Miguel Torga, inserido no meu blogger, traduz, de certo modo, o meu carácter combativo perante certas injustiças que ameaçam os meus princípios matriciais. Gostei e agradeço.
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