sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Em louvor do poeta anónimo - NATÁLIA CORREIA
Tinha a idade de uma flor
Em seu enleio embebida
E a viola era o seu modo
Amante de estar na vida.
No amor nascera o rio
Que o coração lhe inundava.
Nascera o rio no amor
Mas o fim não lhe enxergava.
De cada vez que tocava
No infinito se perdia
Do corpo dessa viola
Que mais amor lhe pedia.
Ficou entre nós o tempo
Que fica uma andorinha.
Deu-nos essa Primavera
Porque era tudo o que tinha.
Foi-lhe o corpo atrás da alma
Que lhe pedia mais amor.
O seu nome ninguém sabe
Dizem que era Trovador.
in... Poesia completa - NATÁLIA CORREIA - Dom Quixote
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