LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Todas as palavras se assemelham a pedras
Umas de corpo menor, outras de corpo maior;
Com elas se pode matar, ou pode fruir,
Com elas se pode chorar, cantar ou sorrir.
São pedras e todas elas, corpo de palavras
Que em liberdade saem das mãos do poeta;
São elas, só elas, que acabam com a guerra
Instalando p’lo tempo a poesia na terra.
Há pedras de corpo menor, corpo de versos,
E, como se fazem casas, fazem-se os livros;
Elas vêm de longe ou encontram-se imersas
Nos pontos de encontro, de paixão e promessas.
Há pedras de grande corpo, como montanhas,
Que fazem abrigos ou, quem sabe, janelas;
E revelam-se em si no condão doutras vidas,
Vidas alternas, mas sempre vidas sentidas.
Palavras de estâncias vivas ou estâncias mortas
Feitas quimeras, mas revestidas de esperança;
Incertos caminhos e sendas encruzilhadas,
Nos raios de luz que agitam as madrugadas.
Palavras lançadas no instinto do coração
Saltando as armadilhas que os corvos engendram;
Palavras fantasmas por entre nevoeiros
Nos gestos sonhados de poetas pioneiros.
...
EM - CORAÇÕES ANSIOSOS - FRASSINO MACHADO - IN-FINITA
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