LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Despi o teu corpo de Mulher
Admirei-o, seduzi-o, fi-lo meu
Desfolhei-o com todo o meu bem-querer
E o meu corpo se fundiu ao teu.
Cobri-o com carícias de cetim
E num jeito muito próprio de ser
Tatuei-o com batom de cor carmim.
Vesti o teu corpo com doces afagos
Adornei-o de vontades e beijos
Senti-o escaldante, ardendo em desejos
Erótico, frenético, arrojado
Grito suavizado no toque dos dedos.
Rasei minha língua, qual pincel
Nas tuas formas cheias, robustas
E com pinceladas ousadas, astutas
Desenhei-lhes novas ilhas de mel
Onde loucamente nos amamos
Onde livremente somos quem queremos.
Amor ardente, lava de vulcão incandescente
Delirando de prazer, imploras mais de mim
Em êxtase, a essência fundimos por fim
Na volúpia de um orgasmo transcendente.
Arrebatado por ti, um outro de mim
Num corpo diferente.
EM - A ARTE DE POETIZAR - COLETÂNEA (organização de António Alves, sobre telas de António Dias) - IN-FINITA
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