LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Conheçam a In-Finita neste link
Já não há caminhos... a voz emudeceu é turva a memória
As mãos estão vazias de esperança... os braços sem vontade
Já cansados de tantas esperas e urgência de mudar a História
E de erguer o punho cerrado e gritar bem alto... Liberdade!
Já não há caminhos... neste Maio os cravos já não abriram
Num sonho que está a ruir... um jardim que já não vai florir
Como floriu o 1º Maio nas bocas que hoje já não sorriram
E esse povo unido jamais será vencido... deixou de se ouvir
Já não há caminhos... não há certezas... nem vida... nem pão
O céu está sombrio... calaram-se as vozes... o grito emudeceu
Entardeceram as memórias desse 1º Maio de cravo na mão
A todos que nesse dia saíram à rua... digo: Maio não morreu
Já não há caminhos... as ilusões foram traídas pelos esbirros
Abril já passou... os sonhos morreram o futuro está sepultado
As vozes calaram-se... estão vazias as mãos dos nossos filhos
Mas em mim a revolta não se cala... o futuro não é passado
Já não há caminhos... já nada é teu... perderam-se as raízes
Não há crianças nem jardins... nem sonhos tecendo futuros
As palavras estão presas no medo... já não há rostos felizes
Clamando por um novo tempo onde não hajam mais muros
Já não há caminhos... os tempos são de brumas sombrias
Já não há luz ao fundo do túnel para os deserdados da sorte
Que vão agonizando lentamente deitados nas calçadas frias
São os filhos deste povo que os algozes condenaram à morte
EM - LIBERDADE - COLETÂNEA - IN-FINITA
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