LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Espero por ti todo o dia.
Digo depois às paredes que não vens.
Fico a olhar o teto, plácido,
troçando do meu embaraço.
Sorrio-lhe em desafio,
e segredo de novo às paredes
que é só nelas que confio.
Pergunto-lhes se ainda lembram as palavras
que em segredo um ao outro jurámos eternas
E se viram, como subiam,
os teus lábios afoitos nas minhas pernas.
Elas calam, coram um pouco,
Sussurram que tanto amor
é coisa de poeta e de louco.
Fico-me então pelo silêncio,
as portas tristes não sabem nada,
e não há que se pergunte
a uma porta fechada.
Amanhã falamos de novo,
talvez a porta se abra.
EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VIII - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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