quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O amor - Alexandra Conduto

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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O amor
Que invadiu a minha mente
Com um arrepio de vontade
Um sopro de saudade
Despiu a minha alma
Com a força do desejo
Aconchegou-se em meu peito
Como num leito
Quente e macio.
Violou a minha privacidade
Devorou a minha essência
Deitou por terra as muralhas
Da consciência.
Desarmando as defesas
Ganhou a batalha
Fez de mim prisioneira
Da sua própria vontade
Escrava submissa do seu querer
Devota do seu poder.
Foi esse amor que me condenou
À pena sem perdão
À alma penitente
Que hoje sou.

EM - ENTRE VIDAS - ALEXANDRA CONDUTO - IN-FINITA

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Cúmplices - António Soares Ferreira

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Somos cúmplices.
Cúmplices desde o primeiro olhar, lembraste?
Cúmplices quando acedeste ao meu convite.
Cúmplices naquele sorriso que trazias e no brilho do olhar.
Cúmplices quando te peguei a mão e não disseste
não a um beijo.
Cúmplices quando jantámos à luz da vela no meio de mil sorrisos.
Cúmplices quando devoramos a madrugada e já cansados, adormecemos
quando o sol já nascia.
Cúmplices quando ao fim do dia voltávamos para casa
e falávamos de
como tinha sido o dia de cada um.
Cúmplices quando levávamos os miúdos à escola
e lhes ouvíamos as
“histórias” que tinham para contar.
Cúmplices naquela viagem de oito horas sob um sol abrasador.
Cúmplices em todas as viagens boas e boas que fizemos, lembraste
daquela vez em que descíamos a serra e ficámos
sem travões?
Cúmplices até no que de mau a vida nos deu.
Mas cúmplices até ao fim.
Porque somos cúmplices.

EM - APENAS PALAVRAS E OUTROS CANTOS - ANTÓNIO SOARES FERREIRA - IN-FINITA

ENCONTRO D’ALMAS - Márcio Silva + João Dordio

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Chegas de forma inusitada, com esse ar jovial
Os olhares cruzam-se, absorto fico vendo-te sorrir
Somos abraço d’uma fusão d’Almas intemporal
Sede, fome e desejo, do nosso incomensurável sentir

Somos beijo intenso, lábios molhados, e ofegantes
Peles ardentes que queimam em noites de volúpia
Voos secretos das estrelas, céus dos eternos amantes
Corpos frementes que se entregam, de forma pura

Chegas para me trazer e eu recebo-te para me levares
Chegas para me trazer a paixão e tudo o que te lembrares
Porque somos almas num encontro eterno e intemporal

Recebo-te para levares a loucura que somos em mundo nosso
Recebo-te para levares todos os poemas que escrevo quando posso
Entre o olhar, o abraço, o beijo e o sexo que nunca é igual

EM - DUELOS POÈTICOS - COLECTÂNEA JOÃO DORDIO - IN-FINITA

terça-feira, 28 de novembro de 2023

No pensamento - Rosário Pedroso

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Onde estás, flor
no interior da pedra
arroio marchetado de afeto?
Roças as palavras
como arados, instabilidades
em afagos salgados surgem
a romper as nascentes!
Onde estás, flor
da dor multiface?
Para onde voarás, Fortuna
que me chegas
com uma saia de pregas
descalça sobre a areia
de permeio
da noite sinistra
na utopia de umas mãos
pousadas sobre inertes soidões
abalaustradas e o regato aziago?
E se ganhasses fluidez?
Passarias veloz
no movimento intenso
dos socalcos
em que me estendo
no pensamento.

EM - ROSÁRIO PEDROSO - ANTOLOGIA - IN-FINITA

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Enquanto o coração... - Marilena de Castro

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enquanto o coração pulsava nas pedras
os deuses dividiam o tempo
anjos caídos cravaram a faca no peito da terra
de espadas verdes surgiram delicados lírios

EM - ESTÓRIAS RASGADAS - MARILENA DE CASTRO - IN-FINITA

domingo, 26 de novembro de 2023

Pelo caminho do amor - Joaquina Raimundo

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Pouco me importa, amor, como me vês,
Se o teu lindo olhar pelo meu se prendeu
E em todas as estrofes em que me lês,
O amor que sinto por ti sempre venceu?!

Onde estás, amor, pouco me importa,
Porquê andar sem rumo à tua procura,
Se sei que mesmo em noite muito escura,
Nos meus versos, vou parar à tua porta?!

Sei que as minhas palavras alegria te dão,
E que são para ti sagradas como o pão
E que vives nelas como vives em mim!

E sei que, por onde segues, não é em vão,
Porque os meus poemas, sempre te levarão
P`lo caminho que, por te amar tanto, escolhi!

EM - PARA AMAR NÃO HÁ LIMITES - JOAQUINA RAIMUNDO - IN-FINITA

As palavras são chagas onde me perco - Isabel Bastos Nunes

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Nascem-me palavras
Palavras que desconheço
Que transformam o verso em poema.

Escrevo o que me vai na alma
E no meu pensamento

São palavras que interpreto

Que tenho de traduzir
Porque mal as entendo
Que nascem
Como se fossem árvores plantadas ao acaso
No meu coração
São chagas sentidas onde me perco
São elas que me obrigam a despir a alma
E procurar os silêncios
Que dominam a minha inquietação
E a minha entrega total ao que escrevo.

EM - PALAVRAS QUE FAZEM A DIFERENÇA - COLECTÂNEA GERÁBRIGA - IN-FINITA

sábado, 25 de novembro de 2023

Indiferença - Alexandra Conduto

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Na minha indiferença pela vida
Caminhava descalça
Pelas pedras da calçada, gastas e geladas.
Naquela madrugada de invernia
Em que nem a mais débil gota de orvalho
se atrevia a deslizar
Com receio de incomodar a minha letargia
Sozinha, eu apenas tiritava
No meu vazio interior
Onde o frio penetrava, sem qualquer pudor.
Tudo estava parado, suspenso no ar.
A dor era tão aguda
Que doía até respirar.
Parecia que o mundo estava tão perto de acabar
Que num simples pestanejar
Tudo se desmoronaria.
De mim, estátua de sal, frágil como cristal
Nem minúsculos fragmentos teriam a ousadia
de restar...

EM - ENTRE VIDAS - ALEXANDRA CONDUTO - IN-FINITA

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Razão tinha eu - António Soares Ferreira

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Razão tinha eu quando lhe disse- “Não vás por aí”.
Mas ele foi.
E quando se deu conta do mal que tinha feito, era tarde, 
muito tarde, tarde demais para voltar atrás.
E o caminho que então se adivinhava era tão sinuoso
que faria desesperar o mais paciente ser vivo.
Mas ele continuou.
Por entre curvas e mais curvas que a estrada da vida tivesse 
mais ele insistia em continuar.
E não adiantava chamar-lhe à razão, pois que, apesar
dos resultados estarem à sua frente, ele não parecia ouvir 
todos os apelos que se lhe faziam, e continuava.
Tinha um objetivo em mente, e era legítimo que o tivesse, 
mas o caminho a percorrer não era aquele que ele insistia 
em caminhar.
Mas ele ia.
Durante todo o percurso teve exemplos vários
de que aquele não era o caminho, mas qual menino 
mimado que só faz o que lhe aprouver, continuou.
Até que ao fundo do túnel já não existia luz alguma.
E ele continuou.
Escuridão total, não havia escapatória.
E ele seguia.
Bateu de frente contra a parede.
E quem pagou fui eu. (O povo)

EM - APENAS PALAVRAS E OUTROS CANTOS - ANTÓNIO SOARES FERREIRA - IN-FINITA

A LUZ DO SILÊNCIO - Maria Antonieta Oliveira + João Dordio

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Vejo ao longe
A luz do silêncio
Acende… apaga…
Acende… apaga…
Intermitente como a vida
Ondulante num mar agitado
O faroleiro solitário aguarda
Que o sol amanheça
E a luz finalmente se apague
Porque o sol acordou e brilha
Iluminando o caminho
Dos mareantes, viajantes e sonhadores
Na praia
Sentada na areia molhada
Vejo ao longe
A luz do silêncio piscando
E, aguardo…
No maior dos meus segredos
Ainda aguardo
A tua mão no interruptor
Da minha alma
Apagada… Desejosa de acender!
Apagada… Desejosa de te amar!
Mas os sonhos da peça de barro
Que roda pelo meu absurdo
Nunca termina, nunca sai
Do oleiro da saudade…
A conta da casa onde mora
A luz da minha saudade
É incalculável e com número infinitos…

EM - DUELOS POÈTICOS - COLECTÂNEA JOÃO DORDIO - IN-FINITA

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Jangada - Rosário Pedroso

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É tempo de vivermos a poesia
uma poesia remada
por uma saudade em carne viva
nua, que no trevor das ausências
se fez jangada.
É tempo de vivermos a poesia
em que será possível crescer
a flor do estio embrumado
cujo caule visceral dança
entranhado no meu enigmático destino
agita-me pelas veredas
como uma sede de erva fresca
ou corpo da floresta
em caminhares sob a lua.
Longinquamente, as rochas a fiarem
a matéria que liga a flor ao sonho.

EM - ROSÁRIO PEDROSO - ANTOLOGIA - IN-FINITA

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Luz da lua... - Marilena de Castro

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luz da lua na escuridão
iluminou o sacrifício dos deuses e anjos
na criação de mundos
a se transmutar em pólen
vagueando no espaço das cavernas
onde o sangue circula em labirintos
pelas noites cegas

EM - ESTÓRIAS RASGADAS - MARILENA DE CASTRO - IN-FINITA

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Continuo a sonhar - Joaquina Raimundo

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Fantasia? Realidade? Imaginação?
Sonhar-te é um bem, seja o que for!
Sozinha, sempre contigo no coração,
Sonho-te ao meu lado, meu amor!

Ilusões sem fim e loucas, porque não?
Se os sonhos são tantos e tão fortes!
Porque não ter-te comigo até à morte
A embelezar-me de amor o coração?

Mas nos meus sonhos, amor, ninguém te vê,
És tudo e és nada, fantasma talvez,
És sonho distinto que mais ninguém tem!

Fumo, névoa, nuvem que não se esfumou,
Sonho que o meu sonho em mim não matou,
És sombra só minha e de mais ninguém!

EM - PARA AMAR NÃO HÁ LIMITES - JOAQUINA RAIMUNDO - IN-FINITA

Escrito num caderninho - Conceição Cotrim

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A saudade aconteceu
Quando o coração lembrou
O teu olhar preso ao meu
E este amor que em nós ficou
As lágrimas que sangram
Do coração afetuoso
Tanta dor derramam
Pelo carinho saudoso
Assim hoje a nostalgia
É ela a grande culpada
Por me privar da magia
Que no coração está guardada
Ou talvez seja o destino
Ou fado de cada um
Escrito num caderninho
Que é só teu de mais nenhum
Pois certos dias são sombra
Que ao carinho roubam calor
Ao frio da noite tudo tomba
A flor no jardim perde a cor

EM - PALAVRAS QUE FAZEM A DIFERENÇA - COLECTÂNEA GERÁBRIGA - IN-FINITA

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

A cor dos dias - Alexandra Conduto

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Eu, que perdi a cor dos dias
De sombra me cobrir
Furtei-me ao sol da manhã
Tornei-me amante solitária da escuridão.
Alma sem luz
Sem o brilho que ofusca
Sem o calor que seduz
Sou eu, sombra de mim.
Guio os meus passos pelo asfalto gasto
De um qualquer caminho
Sombreado pelo pó cinzento
Das cinzas frias do fogo dos dias.
Faço o presente por entre as memórias do passado.
Sepulto, sem cerimónia, o futuro em campa rasa
Em terra esquecida, pátria de ninguém.
Existo apenas sem nada esperar
A vida já me deu tudo que tinha para me dar!

EM - ENTRE VIDAS - ALEXANDRA CONDUTO - IN-FINITA

domingo, 19 de novembro de 2023

Vingança - António Soares Ferreira

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Passei pela vida a correr
E a tantos fiz sofrer
A tantos sem me importar
Só pro meu objetivo alcançar
“Atropelava” tudo à minha frente
Sem me importar que havia gente
Gente boa e com sentimentos
E eu, com os meus deslumbramentos
Nem sequer olhava para trás
Para sentir que era capaz
Capaz de tudo a qualquer preço
Capaz de virar o mundo do avesso
Fazer das tripas coração
Para ter tudo na minha mão
Fazer, dizer, calar, matar
E a todos subjugar
Ao meu instinto cruel
Como quem amassa um papel
Fosse homem, mulher ou criança
Junto de mim não havia bonança
A meu lado havia só tempestade
Nem montanhas nem mesmo a idade
Nada me detinha nem me jogava ao chão
Tudo e todos por minha vontade jaziam
Hoje, moribundo e acabado
Por todos abandonado
E por ter vivido assim
A vida vingou-se de mim
Valeu a pena?
Sim.

EM - APENAS PALAVRAS E OUTROS CANTOS - ANTÓNIO SOARES FERREIRA - IN-FINITA

O SÁBIO E A OBSERVANTE - Sílvia Silva + João Dordio

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Quais os teus sonhos, alma irreverente?
O que dizem os teus olhos
E para onde se dirigem os teus sonhos?

Será uma honra conhecer o poeta
Que traduz nas suas estrofes
A essência pura
Sem medo de viver a sua verdade...

Onde está a tua cama para eu te sonhar
Debaixo de uma Lua perturbadora
E de mil estrelas tímidas e nervosas?

O poeta é um conquistador sempre derrotado
Que trocou a espada pela caneta e pelas folhas
Mesmo dizimado em todas as suas novas batalhas
Ele sabe que na última vencerá e terá a sua paz…

EM - DUELOS POÈTICOS - COLECTÂNEA JOÃO DORDIO - IN-FINITA

sábado, 18 de novembro de 2023

Flor - Rosário Pedroso

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É tempo de vivermos a poesia
nas perdas, encantatório regato
flor arqueada de mosto
fror pincelada de poentes
a alçar o desnorte dos dias.
Viveremos a poesia
no regaço das papoilas
ansiando pelas espigas doiradas
das tardias colheitas.
Deito-me sobre os campos
para dar à terra o corpo e aos relâmpagos
no desvanecer de primaveris cânticos.

EM - ROSÁRIO PEDROSO - ANTOLOGIA - IN-FINITA

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Sofia - Marilena de Castro

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Sofia
enganou o oráculo
sacrificou o cordeiro
esvaziando o sol no corpo

EM - ESTÓRIAS RASGADAS - MARILENA DE CASTRO - IN-FINITA

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Terra fértil em amor - Joaquina Raimundo

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Quero expressar o que tenho dentro de mim:
A sinceridade, a verdade, a paixão,
Semeá-las para ter o teu amor sem fim
No mais belo poema com distinção!

Quero um verso como o firmamento,
Intenso de luz e brilhante em sedução
E ser, após sair da profunda emoção,
O tudo de um elevado sentimento!

Quero assim os meus versos airosos,
As rimas certas, os temas valiosos,
Com que te desejo cativar com primor!

Quero plantar este belo poema em ti
Para sentires tudo o que sinto e senti
Nesta louca forma de te querer, meu amor!

EM - PARA AMAR NÃO HÁ LIMITES - JOAQUINA RAIMUNDO - IN-FINITA

Rosa escarlate - Celeste Pereira

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Eu sou pétala de rosa
caída no chão da vida
rosa escarlate e cheirosa
dancei ao vento formosa
estou no chão, mas erguida

Se quiserdes sou quimera
na vida ténue a passar
queria ser primavera
para trás fica o que era
o outono vai chegar

Como a esteva sou bravia
fui seixo no monte a rolar
vem o inverno. já, sabia.
ir vivê-lo eu não queria
vou devagar..., devagar

EM - PALAVRAS QUE FAZEM A DIFERENÇA - COLECTÂNEA GERÁBRIGA - IN-FINITA

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Fui perdendo - Alexandra Conduto

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Fui perdendo
Fui perdendo, em mim, a vontade
O sentido da razão
A forma certa de ouvir o coração.
Fui perdendo, aos poucos
O sorriso, o brilho no olhar
A força e a vontade de lutar.
A minha batalha está perdida
As armas rendidas.
Cavaleiro desarmado
Sem brilho e sem glória
Alma por terra caída
Morta para injúria da vida.

EM - ENTRE VIDAS - ALEXANDRA CONDUTO - IN-FINITA