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Aos olhos azuis de minha mãe,
Ângela Biasi Bragança
E, se fossem azuis
como o céu de Absalão,
os teus olhos espelhados nos lagos?
Poderiam ser simplesmente
azuis os dias,
como o mistério de Absalão.
Os rios nada perguntam às águas
para onde correm as suas.
E também assim são os dias,
a moldar o tempo.
O barco sem Norte
faz o caminho certo.
O rumo que lhe cabe sobre o mar azul.
Assim é a minha vida aos teus olhos.
Rio, barco sem leme,
rumo a Absalão.
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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