domingo, 26 de agosto de 2018

E restou o verbo - MIGUEL CURADO

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELA IN-FINITA
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eram pessoas desnudadas mas que sempre regressavam,

ao único sítio onde se sentiam bem,
uma casa sem teto,
sem janelas,
com os nomes de todas as decisões mal tomadas
da história, escritos a vermelho sangue...

só lá o tempo parecia fluir como um carreiro
de formigas,
os homens podiam sentar-se com a consciência
ao nível do sexo,
tal como sempre mandou a criação,
e as mulheres contemplavam as nuvens bordadas
no céu cinzento,
que exalava o perfume enganador da morte escondida...

a criação acabou neste sítio,
o mundo foi engolido pela raiva da sua estrela,
a linha tempo-espaço fundiu-se com a matéria negra do universo,
e restou o verbo...

com a promessa vã de nova conjugação

EM - ABRIR OS OLHOS ATÉ AO BRANCO - MIGUEL CURADO - IN-FINITA

1 comentário:

  1. Restou o verbo, valha- nos isso, senão não comunicávamos. Esperemos por nova conjugação ,que não seja vã!!!

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