LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELA AUTORA
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perto do poço
uma mulher faz vigília
o tempo acostumado aos relógios
é uma pequena morte de tudo
a mulher espera a poça
no pouco da vida
tem sentimentos de chuva
mas não chove
tem cabelos de ilha
mas não parte
parece que tem uns olhos grandes
feito dois horizontes
e às vezes eles escurecem
todos os dias alimenta os bichos
que a comem por dentro
tem sede de palavra que nela esgota
feito um fiapo de nada
perto do poço
muito perto
esquece dos dias terríveis de guerra
alcança um espelhinho quebrado
e retoca o rosto
como quem esculpe sonhos
na rede que lhe leva a corpo
EM - CABEÇA DE ANTÍGONA - PATRÍCIA PORTO - EDITORA REFORMATÓRIO
Que estranha forma de vida ! O que me vale é que estou a ouvir o meu cantor de Coimbra--- in " Fecha os olhos de mansinho...." senão teria que os fechar!!
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