ao ser dito vacila
o mundo na palavra
que ao nomeá-lo enquanto
o dá o falsifica
e enquanto perseguimos
o falso? o verdadeiro?
há sempre mais daquilo
que vamos desdizendo
no acto de o dizer
sobre a fronteira estranha
que restitui o mundo
assim precariamente
por exemplo, ao tocar
nas tuas mãos é falso
que não estejas aqui
mas porque estás ausente?
EM - POESIA 2001/2005 - VASCO GRAÇA MOURA - QUETZAL EDITORES
Sem comentários:
Enviar um comentário