domingo, 31 de janeiro de 2016

A espaços - JOÃO CARLOS ESTEVES

a imprecisão de um horizonte pressentido
domina os sentidos
embriagados de silêncio e de imagens sem cor

aqui, o ar não se banha na luz
e a terra
esqueceu o fascínio das giestas em flor

a espaços
sinto nas pedras gastas
as agruras calcorreadas por deuses e mendigos,
unidos na condenação de existirem

a beleza da desolação
só transparece nas vozes dos anjos
e na aceitação dos dogmas da fé

EM - AUSÊNCIA DE MARGENS - JOÃO CARLOS ESTEVES - EDITA-ME

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