Regressa do frio ventre da terra:
Mãe estranha que o sol não aquece
Nem a chuva desperta,
Gerando, indiferente, o pão de cada dia
E a podridão de bichos e plantas,
Que o tempo, cego e linear, derruba.
Vem da escuridão e do labirinto de raízes
Bebendo-te o sangue inevitavelmente retido!
Aqui, minha voz te embalará o sono manso,
E minhas mãos se abrirão em flores e sol.
Regressa, como flor de mistério, passado o Inverno,
Para encheres o dia e a noite de canto e riso
Ascendendo ao céu, que só tu tornas possível.
EM - OBRA POÉTICA - TOMAZ KIM - INCM
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