Nasci de novo. Eis-me liberto enfim!
Foi por um Céu, d'estrelas todo cheio,
Numa visão de Amor, que um Anjo veio
Descendo até poisar ao pé de mim.
O beijo que me deu não teve fim...
Apertou-me nos braços contra o seio,
Abriu os lábios, segredando... e a meio
Bateu as asas e levou-me assim.
Ai! como é doce o seio que me embala!
E como tudo é novo e mais profundo!...
Mas já nenhum de vós me entende a fala;
Noutro Mundo melhor eu vivo absorto,
E logo conheci que a esse Mundo
Que vai não volta, ou, quando volta, é morto!
EM - POESIA - JAIME CORTESÃO - INCM
Sem comentários:
Enviar um comentário