segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Ruídos da alma - TELMA ESTEVÃO

Diz-me alma inquieta
porque tens sede de infinito?

Porque vais colhendo cores e formas
respirando lembranças e desejos
florescendo com palavras
e voando em espasmos constantemente?

Diz-me alma perturbada
porque te embriagas e gritas sílabas de prazer?

Ah! Pudesses tu ter pétalas
aveludadas, suaves e delicadas
encantar com a tua feição de menina

Desenhar poemas perfumados
e bem perto do ouvido
ouvir o ruído e o sorriso
dos sonhos ao anoitecer

Ah! Triste alma
órfã de tantos sonhos suspensos

EM - A ESSÊNCIA DOS SENTIDOS II - ANTOLOGIA - EDIÇÕES OZ

2 comentários:

  1. Há poemas que nos embalam, e nos consolam. Será?
    Grata.

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  2. Outro belo poema, É bom ler quando sentimos a fragrância das palavras a entrar serenamente dentro de nós. Parabéns à Poeta.

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