Já escrevi num poema o fascínio
dos limos que transluzem
numa água de aparência imóvel.
Má literatura apenas, pois nenhum
apodrecimento é suave. Todo ele
é decadência e mau cheiro e o pôr
do sol é kitsch obrigatório de namorados pífios,
antigos calendários de parede e caducos
postais de veraneio.
EM - COISAS QUE NUNCA - INÊS LOURENÇO - &ETC
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