Tatuagens opulentas do meu peito!
Tropheus, emblemas, dois leões alados...
Mais, entre corações engrinaldados,
Um enorme, soberbo amor-perfeito.
E o meu brazão. Tem de oiro, n'um quartel
Vermelho, um liz; e no outro uma donzella,
Em campo azul, de prata o corpo, - aquella
Que é no meu braço como um broquel.
Timbre: rompente, a megalomania.
Divisa: um ai, que insiste noite e dia
Lembrando ruínas, sepulturas rasas,
Entre castellos, serpes batalhantes
E aguías de negro desfraldando as azas,
Sobre que realça o oiro dos besantes.
EM - CLEPSYDRA - CAMILO PESSANHA - RELÓGIO D'ÁGUA
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