lá longe, uma cidade de barro
é apenas uma outra cidade -
cidade sem portas e janelas,
postigos de madeira que desalmam
a carícia dos homens sem corpo.
nada vive nos homens que não
seja escrito pelo cordão matricial
da carne - a vida é apenas o
ajuntamento dos pássaros na cidade
brança, com homens de barro a dormir
e a jurar solenemente pelo deus das
flores.
o teu sorriso é todo o meu alentejo
e a tua voz de barro é apenas minha
- a saliva de pele a crescer no
trabalho ancestral do oleiro.
EM - HIEROFANIA DOS DEDOS - JORGE VICENTE - TEMAS ORIGINAIS
Meu amigo,
ResponderEliminarmuito obrigado por esta lembrança!
Forte abraço!
Jorge
É para divulgar poesia que este blogue existe.
EliminarAbraço
Reporta-me ao carácter frágil e perene da condição humana. Gostei do aspecto formal.
ResponderEliminar<grata.