Sou o açucar
procurando a formiga.
Meu carreiro
não tem linha.
É um ponto, um planetário grão.
A minha natureza
é uma inacabada caligrafia:
apenas os erros me defendem.
O amor apenas
me rasura a alma.
Com a formiga
partilho alucinogénios:
migas de paixão, migalhas de doçura.
EM - TRADUTOR DE CHUVAS - MIA COUTO - CAMINHO
Conheço Mia Couto através das suas "estórias abensonhadas". MOÇAMBICANO e Universal; como poeta nunca li nada , sei que se estreou na <poesia com Raíz de Orvalho.
ResponderEliminarGostei deste poema ,aludindo à formiga, quando ele proclama gostar dos animais de grande porte, como evidencia nos contos. Respira a sua formação académica e profissional-UM POUCO DE medicina e por inteiro Biólogo
È multifacetado, vou ler os seus poemas! Grata.