A hora é um templo extremo.
A água impõe um nome
a cada dia importado pelo vento.
Não me revolto com a luz.
É preciso coragem para suportar
as lágrimas do coveiro.
O tempo perdido é um punhado
de terra salgada...
... por palavras que secaram
a luz do dia.
EM -
UM TUDO NADA ÁGUA -
CLÁUDIO CORDEIRO -
LUA DE MARFIM
Realço o valor emocional condensado em cada estrofe deste poema; gosto de o ter no meu blog. Cada estrofe é uma fonte de inspiração, contudo está no seu todo carregado de uma profunda tristeza. Faz-me aliar nele dois poetas que tanto admiro: Eugénio de Andrade e João Roque. Parabéns!
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