domingo, 11 de novembro de 2012

Epílogo - MANUEL BANDEIRA

Eu quis um dia, como Schumann, compor
Um Carnaval todo subjectivo:
Um Carnaval em que só o motivo
Fosse o meu próprio ser interior...

Quando o acabei - a diferença que havia!
O de Schumann é um poema cheio de amor,
E de frescura, e de mocidade...
E o meu tinha a morta morta-cor
Da senilidade e da amargura...
- O meu Carnaval sem nenhum alegria!...

EM - ANTOLOGIA - MANUEL BANDEIRA - RELÓGIO D'ÁGUA

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