quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Na rua - MANUEL LARANJEIRA

Ninguém por certo adivinha
como essa Desconhecida,
entre estes braços prendida,
jurava ser toda minha...

Minha sempre! - E em voz baixinha:
- «Tua ainda além da vida!...»
Hoje fita-me, esquecida
do grande amor que me tinha.

Juramos ser imortal
esse amor estranho e louco...
E o grande amor, afinal,

(Com que desprezo me lembro!)
foi morrendo pouco a pouco,
- como uma tarde de Setembro...

EM - POEMAS DE AMOR - ANTOLOGIA - DOM QUIXOTE

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