Oxalá fosse o lume que beijasse
os lábios sequiosos de frescura
e com todos os poros conjugasse
a febre galopante da ternura
Com o pão do desejo, propagasse
arrepios na espinha, pêlo a pêlo,
e ateado o incêndio, mergulhasse
no corpo que atravesso a contra-pêlo
Oxalá que apesar de tanto vício
que provoca e perturba o coração,
inscrevesse e deixasse algum resquício
no mais fundo de ti, e porque não,
fosse o rio veloz, fosse a corrente,
mas a subir da foz para a nascente
EM - BOLSA DE VALORES E OUTROS POEMAS - DOMINGOS DA MOTA - TEMAS ORIGINAIS
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