sexta-feira, 8 de julho de 2011

Interior - JOSÉ ALBERTO OLIVEIRA

Caminhadas pelo Outono, junto
à fronteira. Rochas e mato.
A preocupação de manter a correspondência
em dia. Pedacinhos de tristeza:
era quase uma melodia.

Revejo os pinhais, ou soutos, a madeira
com que fazem os barcos e os caixões.
Desciam pelos últimos meses,
com os sapatos na mão, para não fazerem
barulho. Ao jantar, uma sopa
de beldroegas.

Encostado à aridez, caminhando sobre
folhas castanhas, dentro de dias cinzentos,
com o coração nublado.
Sem remorso, juro-o.

EM - TENTATIVA E ERRO - JOSÉ ALBERTO OLIVEIRA - ASSÍRIO & ALVIM

Sem comentários:

Enviar um comentário