quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Fim - MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO


Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!

Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza...
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!

in... Poesias - MÁRIO DE SÁ-CARNEIRO - Verbo

Site da editora aqui

Sem comentários:

Enviar um comentário