vou-me embora
para Angola
tenho o Tejo na mão
e espelhos no chão
do meu coração
vou-me embora
posso fazer-me barco
criar vela de lençol
será que sou anzol
e vivo sem rol
da minha própria
perdida/Que sorria?
sou deriva
quero amanhecer
quando me tecer
na tua voz de diva
e em Angola amada
ser terra beijada
no sangue derramada
a pele, que viva
da mãe, África
na fábrica
vou-me embora
vou na hora
te amo amada
sem desforra
in... Factura possível - JOSÉ GIL - Edium Editores
Gostei muito deste poema. Beijos.
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