quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Para quê explicação? - Celso Cordeiro

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Dizer o quê?
Chamar-lhe o quê?
Será que tem que se dar nome
ou encontrar explicação?

Pouco importam diferenças
pequenas ou grandes que temos,
os caminhos já percorridos
ou que tenhamos por percorrer,
pouco importam os anos passados
com interrupções a espaços
ou o que nos distancie,
é irrefutável o que nos une
e fica para além do tempo,
e não tem que ter explicação!

O nome e porquê pouco importam
se as nossas bocas não perguntam
por qualquer que seja a razão!
Se nossas bocas se incendeiam
e despoletam explosão,
se elas se devoram loucas
em banquetes de degustação
e as línguas permutam espaços
quase em ânsia de fusão
nesse beijar tão só nosso,
não se pede explicação!
Se os corpos se entregam
à mais completa fruição
de recíprocos prazeres,
até que chegue a rendição
vencidos já pelo cansaço,
se dois corpos se tornam Um
sempre que estamos juntos,
não se pede explicação!

EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS VIII - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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