domingo, 21 de fevereiro de 2021

Insônia ininterrupta das mães negras - CHÁ RIZE

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Foi com dor que seu rebento chegou
Esperado por toda vida, fruto de amor
O sonho do fim do cativeiro nunca deixou
Seguiu por toda vida
Antes pária, hoje e sempre?
Joia desprezada incoerentemente por seu valor

Perseguida por malandros capitães
Dentro das matas defendeu seu bem na capoeira
Perseguição da mortalidade a beira
Uma vida só mas testemunha ocular de muitos
homicídios
Viveu banzo, ausências, frios e falta de pães

Entregou corpo, trabalho e glória
Construiu a história
Mas ver sua cria sendo alvo dos homens
Armas miram sua cabeça
Pelos proprietários de direito usurpado
Extraído de uma falência moral

Outrora os peitos fartos de leite
Se enchem de perfurações a cada ligação
Um suspense, pode ser dessa vez
A cabeça é gotejada por obsessivas preocupações certas...
as setas
Mãe inquieta chora pelo filho do vizinho
Chama por Deus, por seus Orixás
Para que não levem Pedrinho.
Pare de nos matar

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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