sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Arco-íris de papelão - T. M. GRACE

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Num piscar de olhos as ruas ficaram desertas,
A esperança ficou suspensa,
Expectativas jazem cristalizadas no tempo,
Persianas corridas,
Gentes espreitando inquietas,
Abrindo frestas à saudade e ao desalento.
No céu o sol e a lua continuam brilhando sublimes,
E os milhões de estrelas reluzentes no firmamento…

Revela-se o olhar de almas indiferentes, perdidas,
Resta-nos sonhar como que por casualidade,
Cerramos nossos olhos, nossas mentes estão incrédulas.
Será que estamos a sonhar?
Os ecos de almas solitárias se encontram,
No silêncio de um vazio forçado,
Mas seguem escutando o sopro da vida,
Entre soluços numa face de lágrimas banhada.

Mas além, sim, lá do outro lado,
Escuta-se o gargalhar de uma criança,
Num desafio lançado por muitas outras mais,
Por telefone ou pelas redes sociais,
Para redescobrir e dar cor ao símbolo da esperança.

Todos unidos por um só bater de coração,
Afinal o planeta também precisa respirar,
E a humanidade carece aumentar a sua fé,
De olhares perdidos no horizonte,
voltámos a sentir a mãe terra pulsar,
E cada um espalhou pelo mundo
e em todo o mais pequenino lugar,
O seu lindo arco íris de papelão,
Afinal a vida é feita para nos ensinar,
Ela simplesmente é como é...

EM - PANDEMIA DE PALAVRAS - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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