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Claridade é ilusão!
Uma noite, um dia;
todas as noites, todos os dias.
Tudo é noite!
Fora e dentro, escuridão.
Os cães uivam como lobos,
quebram o silêncio,
derrubam cacos pelo chão.
Tudo diminuiu lá fora,
Tudo cresceu aqui dentro,
cresceu a saudade,
que invadiu as vísceras,
que corrompeu as vaidades,
que agitou o sangue,
que arrebentou as veias
que fez jorrar o sangue.
Cresceu a fome,
que denunciou o medo,
que retraiu a esperança,
que convocou à rua,
que conversou silêncios,
que descobriu o cárcere
privado do inexistir.
Cresceu a insegurança,
que derrotou verdades,
que injetou morfina,
que enganou a vida,
que levou à morte,
que criou raízes,
que invadiu logradouros.
Cresceu a lágrima,
que bebeu de águas,
que somou ao rio,
que acionou o desespero,
que vestiu de luto,
que remou ao mar.
Restam secos e secas!
Enxovalhados de si...
trancando a janela,
apagando as luzes,
fechando os olhos,
interrompendo o presente,
castrando o futuro.
E ponto e fim!
Só os lobos continuam a olhar pela janela.
EM - PANDEMIA DE PALAVRAS - COLECTÂNEA - IN-FINITA
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