terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Força nordestina - ROBERTO RODRIGUES DE OLIVEIRA FILHO

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Sinto uma força bruta do meu “quengo” querendo raiar,
é a força dos versos nordestinos querendo brotar.
Canta, grita, dança e na poesia da vida quer versar.
É chuva de rima que no céu do Nordeste vai se formar.

Preconceito às vezes quer falar, mas por aqui a gente
come ele com mungunzá. Passa com tudo na “goela”
sem nem se entalar.

“Paraibano”, assim tentam generalizar, mal sabem que
seria um orgulho esse estado nos representar, pois terra
de “mulher macho sim senhor” é também terra de povo
batalhador.

Piauí, Bahia, Sergipe, Alagoas ou Maranhão;
descrevendo o Nordeste a emoção escorre pelos dedos
da mão. É tipo quando chove no sertão e mandacaru
brota do chão.

Muitas vezes tudo aqui é Norte, não que isso nos
importe, mas gosto de gritar bem mais forte, “caboclo”,
é Rio Grande do Norte”.

Pra espantar o teu preconceito eu clamo pela capital
Aracajú, mas essa rima eu deixo só pra tu.

Não posso esquecer de falar da terra aonde o povo iria
me vaiar, caso não versasse com meu Ceará, daqui tenho
muito amor, Padim Ciço abençoa esse poeta escritor.

Ah Nordeste forte e amado, mil versos não descrevem
teu legado; rapadura, rede, renda e um terraço enluarado,
sem falar no fole do Gonzagão e do rei Lampião
do Cangaço. Então aqui me dou por terminado.
Um cheiro e que a Força do Nordeste sempre esteja
ao seu lado, tipo casal ouvindo forró e dançando colado.

EM - ECOS DO NORDESTE - COLECTÂNEA - IN-FINITA

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