LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Movem-se as horas nas temidas sombras das noitadas
Corpos deitados, nus, enjeitados, cobertos de nada
Onde o sonho acaba numa vida naufragada e amargurada
em tédio.
E as horas passam, e como teias envolvem esses corpos
esquálidos e sujos em que o álcool o fumo e a droga lhes
disfarçam o rumo do caminho que os leva ao inferno.
E em cada rua e esquina rolam as histórias mais sangrentas
de tantas mortes esquecidas nas sarjetas, vividas numa
angústia perene como se a vida não valesse nada.
E o mundo permanece alheio àquelas horas derramadas
sujeitas ao escárnio de quem passa fingindo-se alheio
ao pranto surdo e rude, daqueles olhos sujos marejados
de lágrimas escorrendo pelas faces cobertas de chagas...
São filhos da noite, onde as horas sombrias os acolhem e
disfarça, são homens e mulheres amargas cheias de solidão,
muitas vezes despejadas de casa sem saberem para onde
vão…
E o choro dessas horas esquecidas enegrecidas pelas
madrugadas cortando o silêncio como facas afiadas,
depressa são esquecidas pelo turbilhão da vida de quem
passa apressado não dando por nada...
E assim passam as horas... esquecidas de tudo... menos
da morte por elas anunciada.
EM - ENTRE OS POEMAS... AS PALAVRAS - ISABEL BASTOS NUNES - IN-FINITA
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