segunda-feira, 1 de julho de 2019

À espera da água - ELÍDIO ROSA

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Sentei o meu coração à beira do tempo
à espera da volta do amor
nas voltas que dá o vento.

Restava a esperança que adoeceu.
Infelizmente, hoje ela está morta.
Sofri por não ser amor o que era meu
e a ilusão que foi embora,
voltou de novo à minha porta.

Fechei as grades do meu coração,
a sete chaves o tranquei
e depois joguei-as num abismo.
Olho-me ao espelho e só vejo a solidão.
Nem meu próprio nome eu já sei…
Vivo hoje num completo ostracismo.

A ilusão passou-me uma rasteira.
Lutei mas não me consegui vencer.
Metamorficamente tornei-me poeira
e atado à tristeza, não paro de sofrer.

Vou divagando em meu pensamento.
Impossível sorrir, impossível brincar.

O pó que sou fica na beira da estrada
esperando que a nuvem a água traga
e da lama formada possa me modelar.

EM - POESIA COM HISTÓRIAS - ELÍDIO ROSA - IN-FINITA

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