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Sou escrava
nesta terra
não consegui
trazer as sementes
da árvore sagrada.
Minhas vestes
rasgadas e sujas
lacrimejam feito meu corpo
ferido!
Cheguei em terras novas.
Vários olhos me recebem
com correntes e gritos,
ambição e lascívia.
Ai que saudade da sombra fresca!
Ai que vontade de largar-me pelas matas alegres!
Hoje achei uma Cobra
às margens do poço branco.
Pedi ao Espírito Dela uma picada serena.
Nem deu tempo mais de sentir dor...
A boca do poço abriu-se feito Colo de Mãe.
Meu sangue escuro de negra cativa
libertou meu Espírito.
Logo serei raiz.
Logo serei terra fecunda!
por enquanto, sou só Alma Africana.
EM - MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL (POESIA) - ANTOLOGIA - IN-FINITA
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