segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Devaneando sobre a liberdade - JORGE MANUEL RAMOS

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO POR CARLOS ARINTO

O remoinhar do vento... transporta
A brisa monótona da prosperidade,
As sombras já não seguem os homens
Nem os objectos ou os seus dejectos,

As bandeiras coloridas ténues brandem,
Vacilam, parando às portas da liberdade
Caminhamos como seres, nus, ecléticos,,
Singulares, em ideias que nos transcendem,

Só se escuta a voz clamorosa da discórdia...
Luta-se por um espaço que já não é nosso
Num fétido e indolor ideal que se arrasta

Que não se vangloria nem se inibe
Que não se afirma nem se demarca
Que se vai anafando e não se devasta.

EM - CADERNOS DE POESIA - ANTOLOGIA - CÍRCULO ARTÍSTICO E CULTURAL ARTUR BUAL

1 comentário:

  1. Põe em destaque o que advém após a sociedade atingir a liberdade. as três estrofes- "Só se escuta a voz....arrasta"são referência.

    ResponderEliminar