sexta-feira, 20 de abril de 2018

Quimera. Quisera. - AUZEH FREITAS

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Estou saudade feito quaresma.

O gosto do tamarindo,
o cheiro da terra molhada.

E um rio Capiba, Beberibe,
atravessando Recife.

A rua da Aurora
segura o peso da maré
olhando passos de um homem qualquer.

Uma mulher da vida sem rumo, sem gosto de viver.
Não mais lampião, nem bordel
Boneca molhada. Papel machê.

Lembranças da juventude.
Eu nova e a Ponte velha.
Hoje, eu envelhecendo. E a Ponte Nova,
A mesma.


EM - CONEXÕES ATLÂNTICAS - ANTOLOGIA - IN-FINITA

2 comentários:

  1. O poema descreve o desalento de se sentir sem rumo na sua vida . Um passado que teve,não desejável, abandonado, porém. Interessante!

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  2. Uma mulher desnorteada , sem plano de vida , triste.Uma juventude não confortada, e hoje desanimada por se sentir envelhecida. Há pessoas que não sabem viver a idade ... Dá para reflectir,embora me sinta noutro plano-sem quimeras...

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