Talvez dessa noite
herde o poema que espreitou o dia.
Nesta noite
que me mantenho oblíquo: farol,
deste mar de horas e solidão
assisto o vai-e-vem de elegias
e reinvenções:
versos antigos se reeditam, saltam
da escuridão buscando luz e forma.
Talvez desta noite
o poema nasça
libertando o
amanhecer.EM - ABRIL SITIADO - FREDERICO SPENCER - EDIÇÕES BAGAÇO
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