quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Distância - ANTÓNIO GEDEÃO



Quantas vezes me perco e desespero
com doidas saudades que me assaltam
desses teus olhos que de amor se exaltam,
desses teus lábios por que tanto espero.

Sonhando, quantas vezes regenero,
as divinas carícias que me faltam.
Acordado, mais doces se ressaltam
porque mais compreendo que te quero.

Às vezes sinto em mim tão negro luto
que penso dar a vida para ter-te
junto ao meu peito apenas um minuto.

Pobre de mim, sem me lembrar que ao dar-te
a minha vida toda para ver-te,
ia ficar sem vida pr'adorar-te!

EM - OBRA COMPLETA - ANTÓNIO GEDEÃO - RELÓGIO D'ÁGUA

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