Simples e lindas são as flores e herbários,
Simples e triste a forma singular
Dos aciprestres mudos, solitários,
Simples e calma a palidez do luar!
Simples e grande a rutilância infinita
No céu além, nas multidões brilhantes,
Simples as noites e os agoiros cantantes,
Simples a luz, a luz do sol bendita!
E tudo é simples do barulho ao Nada,
Mas eu não sei dizer porque num misto
De fogo e pó na sombra empoeirada
Surgiu medonha e santa em tudo isto,
Duma maneira boa e delicada
E imensa e forte, esta palavra: Existo.
EM - POESIA E ALGUMA PROSA - MÁRIO SAA - INCM
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