Já lhe pedem as alegações finais.
Condenado, de antemão, o constituinte
contempla a disposição bizarra
das unhas. Parece-lhe tão irrevogável
quanto inútil: o que o tenta
não é o aplauso, nem o brilho garantido
de um discurso governado pela descrença,
que irá pintar o cerejal da retórica
- tem que devolver à culpa
o seu lugar na história, o remorso
aos penitentes e que a verdade, rameira
que ganhou instrução, não seja, por fim,
o consenso de juízes distraídos, ainda
que aconteça o fim possível: a forca,
ou a existência baldia numa cidade esquecida.
EM - TENTATIVA E ERRO - JOSÉ ALBERTO OLIVEIRA - ASSÍRIO & ALVIM
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