quarta-feira, 15 de abril de 2015

(En)Canto - ANTERO JERÓNIMO

LIVRO GENTILMENTE OFERECIDO PELA EDITORA

A hora esvai-se por entre os dedos
a brisa cicia lamentos à árvore que chora

Os sons da noite abrigam-se nas sombras
trinados que ecoam no pensamento em constelação

O vento frio penetra na pele, num sopro letárgico
da noite perseguida por vontades aprisionadas

Segredos gerados, não revelados
fazem da hora esta minha voz peregrina

Na incerteza do desígnio da palavra
as palavras pesam dentro da ideia breve

Será o meu canto um solfejo desafinado?

No lenitivo da tua voz sussurrada
perco-me no (en)canto da hora sem tempo

EM - ENTRE O FADO E O SAMBA - COLECTÂNEA - EDIÇÕES OZ

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